Uma luz para entender o que está acontecendo - e o que pode acontecer - na nova temporada de Twin Peaks
Alexandre Matias
09/07/2017 21h02
Se você está acompanhando a terceira temporada de Twin Peaks e já chegou ao oitavo episódio, deve estar em algum ponto entre três diferentes reações: ou está maravilhado com o feito de David Lynch e como ele pode reverberar não apenas na história da série, mas na obra do diretor e na história da arte desse século (onde estou) ou está revoltado com o fato da história principal ter sido abandonada para entrar em elocubrações sobre acontecimentos remotos que parecem não ter nenhum vínculo com a história ou está coçando a cabeça até agora perguntando o que diabos aconteceu e como é que a série vai continuar daqui pra frente. Se você não chegou neste episódio, hora de virar os olhos e correr para fechar a aba do navegador, porque lá vem um monte de spoiler sobre a série até agora para refletir sobre o que realmente aconteceu nesse mítico oitavo episódio e quais as próximas fronteiras a serem exploradas por David Lynch.
A boa notícia é que o episódio passado não foi completamente descolado da estranha realidade envolvendo o assassinato de Laura Palmer e da cidadezinha no noroeste americano onde seu corpo foi encontrado envolto em plástico. Got a Light?, o oitavo episódio da terceira temporada do seriado, funcionou como uma espécie de história de origem de uma tensão que agora parece ser a principal motivação por trás de tudo que assistimos sobre a série até aqui. A introdução do capítulo, com o inesperado assassinato da versão maligna do agente Cooper (vivido, claro, por Kyle MacLachlan), um estranho ritual sobrenatural que parece extrair a essência do espírito Bob de dentro do agente e aparição da atração musical do episódio, o Nine Inch Nails, logo no começo, parecia antecipar mais uma hora de sustos e estranhamentos típicos da nova temporada da série. Mas de repente algo completamente inusitado aconteceu.
Arte. Arte em estado bruto, pura arte. Vendida como um episódio de um seriado.
A série volta no tempo e, em preto e branco, assiste à explosão da primeira bomba atômica da história. Uma lenta e deslumbrante imagem fotografada com uma luz tão gloriosa quanto a primeira vez que Lynch filma Nova York no primeiro episódio da nova temporada. Sob as tensas cordas de "Lamento pelas Vítimas de Hiroshima", do compositor polonês Krysztof Penderecki, Lynch aproxima-se cada vez mais do centro da explosão em forma de cogumelo até que a câmera perca-se na luz da explosão.
E assistimos a uma vídeo-instalação em que Lynch nos força a mergulhar em uma espécie de descanso de tela de computador com defeito, a luz fragmentada em uma nuvem de pontos que se espalham pela tela, manchas disformes que misturam tons de cores de uma forma nunca vista em uma transmissão televisiva. Um mergulho ao coração de uma explosão que ao mesmo tempo é um big bang, o início de algo completamente novo. Estamos dentro do átomo, vendo-o sendo espatifado por dentro, assistindo às estruturas sendo dissolvidas de dentro para fora. O que Lynch parece insinuar é que a diferença entre a explosão atômica e o começo do universo é só uma questão de escala. Mas esteticamente são momentos idênticos. São artes plásticas em movimento – ou como o próprio Lynch frisa, plásticas não: elétricas. As sucessões de borrões que se intercalam por minutos desafiam a paciência do espectador como qualquer cena de qualquer filme do diretor, só que sem cenários, atores, diálogos. Ele segue testando nosso limite de submissão fazendo algo que nunca foi feito em uma mídia com esse alcance. É inevitável comparações com o 2001 de Kubrick e o Árvore da Vida de Malick, filmes que tentaram traduzir esse momento em luz e som.
Ainda sem cores, assistimos a uma sequência de caráter completamente onírico, mostrando um ser de feições indefinidas (mas que lembra o ser que entrou pelo portal em Nova York, no primeiro episódio) vomitando uma gosma amorfa cheia de ovos e casulos. Um deles captura o próprio Bob, entidade maligna responsável pelo assassinato de Laura Palmer. A imagem do ator Frank Silva (morto em 1995) no meio daquela gosma parece apontar que aquele é o seu momento de origem. Algo aconteceu no tecido de nossa realidade com a explosão da primeira bomba atômica que libertou toda aquela maldade.
Bob, no universo de Twin Peaks, não tem uma definição precisa: não sabemos se ele é uma espécie de demônio que instiga o lado ruim dos humanos, escravizando-os em sua dor e sofrimento, ou se ele é a própria maldade inerente a todos nós, desperta por motivos improváveis. Mas o que este novo episódio parece indicar é que Bob é um tipo específico de ruindade que nasceu com a explosão da primeira bomba atômica. Talvez uma metáfora para mostrar como a humanidade se desumanizou ao cogitar a possibilidade de pulverizar cidades inteiras. Como diria o físico J. Robert Oppenheimer, um dos responsáveis pela criação da bomba, ao observar o estrago de sua invenção, citando o Bhagavad Gita indiano: "Agora eu me torno a morte, o destruidor de mundos."
Desafiando qualquer resquício de lógica, o episódio continua com imagens de uma loja de conveniência em um posto de gasolina com diferentes tons de luz e sombra, numa imagem em movimento que remete à estética clássica norte-americana mas de um ponto de vista sombrio, obscuro. Ao mesmo tempo em que foca e desfoca o estabelcimento comercial, o vemos sendo cercado e populado por pessoas indistinguíveis, que entram e saem da loja com a mesma velocidade abrupta de cortes e movimentos de edição que a sequência distribui. São vários minutos desta sequência também em preto e branco que parece não ter pé nem cabeça, mas está atrelada umbilicalmente à mitologia da série.
De repente o seriado nos leva para uma fortaleza blindada no meio do oceano roxo que conhecemos no terceiro episódio e num longo travelling a câmera nos leva para uma sala de estar em seu interior onde uma mulher peculiar está sentada escutando música, até que um alarme dispara. Surge então o mesmo gigante que deu as dicas para o Agente Cooper no início da temporada – ele desliga o alarme e assiste à cena da explosão nuclear e da criação de Bob por uma tela.
Os dois – que ficamos sabendo pelos créditos no final do episódio que se chamam, respectivamente, Señorita Dido e sete pontos de interrogação – isso mesmo, "???????" – trocam olhares e demonstram preocupação com o que acabaram de assistir. É quando o gigante começa a levitar e, no ar, sua cabeça passa a expelir uma luz dourada. Esta luz se concentra em uma bola de energia que, entregue à Señorita Dido, releva o rosto de Laura Palmer. Dido beija a esfera e a lança em um estranho aparelho de tubos dourados – por outra tela, vemos que a esfera está indo em direção ao nosso planeta, especificamente rumo aos Estados Unidos.
Corta para 1956 e assistimos a um ovo sendo chocado na areia. A cena também é filmada em preto e branco e mostra o nascimento de um ser que parece um anfíbio e um inseto ao mesmo tempo, com patas de sapo e asas de mariposa. O estranho animal desaparece no horizonte quando assistimos a um garoto adolescente conduzir sua colega de escola de volta para a casa. É uma sequência captura a atmosfera estética da cultura norte-americana clássica do pós-guerra. Sua essência está na inocente cena em que o jovem casal dá o primeiro beijo, carregada de uma candura que desapareceu de nosso planeta. A partir dessa cena acompanhamos um estranho sujeito de pele oleosa e pintada de preto que se dirige às pessoas de forma agressiva ao perguntar, com um cigarro apagado na boca, o nome do episódio ("tem fogo?"). Primeiro ele interroga a um casal dentro de um carro, que sai em fuga assustado.
Depois ele segue em direção a um emissora de rádio, se dirige à recepcionista com a mesma pergunta, antes de espatifar seu crânio apenas com uma das mãos. Entra no estúdio onde está o apresentador da rádio e o imobiiza da mesma forma. Mas antes de matá-lo, tira o disco que está tocando, empunha o microfone e, com o cigarro ainda pendurado na boca, repete:
"Isso é a água
E isso é o poço.
Beba tudo e desça.
Os cavalos são os brancos dos olhos
E a escuridão por dentro."
Esse verso é repetido de forma agressiva por repetidas vezes e alcança os ouvintes do rádio, colocando-os um a um para dormir, hipnotizados – inclusive a garota que deu o beijo há poucos minutos. Ela cai na cama deitada de lado e, enquanto ouve aquela estranha oração, recebe a visita da estranha rã-cigarra que vimos sair de seu ovo nos instantes anteriores. De olhos fechados, ela abre a boca apenas para que o bicho bizarro entre inteiro dentro dela. O episódio termina com a cena da menina dormindo, nos deixando pasmos com o que acabamos de assistir.
E não estou falando apenas de um animal mitológico entrando na boca de uma adolescente dormindo.
Todo o oitavo episódio da terceira temporada de Twin Peaks é de ficar boquiaberto. Primeiro por sua beleza estética e aula de cinema – Lynch esmerilha toda sua técnica como o mestre que é, mas sem precisar ater-se a cenas tradicionais, com personagens, diálogos e cenários. Tais cenas evocam diferentes genealogias artísticas que são caras ao cineasta, como o surrealismo, o hiperrealismo, o cinema comercial dos anos 50, pintores como Edward Hopper e Francis Bacon, cineastas como Luís Buñuel, Charles Laughton e Kenneth Anger. Toda a sequência que acontece após a aparição do Nine Inch Nails – quando o episódio passa das cores ao preto e branco – poderia ser um média metragem de horror e ficção científica do pós-guerra, quando os filmes não precisavam explicar o motivo central de suas existências, apenas enfileirando cenas fantásticas e surreais para delírio de uma plateia pasma. E casualmente costura diferentes referências de suas obras – a rodovia vira uma estrada vicinal fazendo referência à Estrada Perdida logo no início do episódio, o teatro onde o gigante assiste à explosão nuclear é o mesmo Club Silencio do Cidade dos Sonhos e todo o episódio é a obra mais próxima que o cineasta já fez de seu primeiro filme, o bizarro Eraserhead.
Mas por trás daquelas imagens aparentemente dispersas, há o cerne de toda a história de Twin Peaks, que juntas pontas de diferentes histórias da mesma forma que o sétimo episódio havia feito na semana anterior. Se antes havíamos visto a versão má do agente Cooper reencontrar a mítica personagem Diane apenas para depois negociar sua fuga da prisão, vimos o reaparecimento das páginas desaparecidas do diário de Laura Palmer e assistimos ao letárgico Dougie viver seu momento mais próximo da versão boa do agente Cooper, neste episódio mais recente tivemos conexões sendo finalmente ativadas – mas num plano metafísico. E a chave para estes momentos são estes estranhos personagens que haviam aparecido duas vezes na nova temporada causando um desconforto sobrenatural até mesmo para os níveis de Twin Peaks – e que no oitavo episódio finalmente ganham nome (na cena dos créditos finais, cada vez mais funcional para a narrativa da série). Os Woodsmen – os homens da floresta.
São eles quem aparecem logo que o personagem Ray Monroe (vivido por George Griffith) mata a versão má do agente Cooper de surpresa e começam a causar a lenta náusea audiovisual do início do episódio. São oito personagens cujas imagens se sobrepõem num efeito especial barato, seus corpos translúcidos dançando ao redor do cadáver de Cooper para o horror de seu assassino. Três deles caem sobre o corpo e passam a mexer em suas entranhas, sujando-o ainda mais de sangue, principalmente no rosto. O tempo e o espaço parecem se diluírem naquele momento e nós ficamos tão horrorizados com aquela cena quanto o próprio Ray. Até que os Woodsmen extraem um objeto redondo de dentro do corpo de Cooper – e nele conseguimos ver o rosto de Bob.
São os Woodsmen que também entram e saem da loja de conveniência na sequência menos narrativa de todo o episódio. Mas o que parece completamente aleatório e arbitrário tem explicação específica no filme Os Últimos Dias de Laura Palmer (Laura Palmer: Fire Walk With Me) que David Lynch dirigiu logo após o cancelamento da série original em 1991. Completamente diferente do tom da série, Fire Walk With Me explora o lado mais sobrenatural e violento de Twin Peaks e foi rechaçado em seu lançamento por fãs e críticos – foi vaiado em Cannes e mais de uma vez referido como o pior filme já feito.
No entanto, é dele que saem as primeiras referências à loja de conveniência e aos Woodsmen na série. Especificamente quando nos encontramos com o agente Philip Jeffreys, vivido por David Bowie. Desaparecido após investigar um crime parecido com o assassinato de Laura Palmer, Jeffreys volta a aparecer nas dependências do FBI exatamente como o agente Cooper havia previsto em um sonho. Ele surge vestindo a mesma roupa com que foi visto pela última vez quando desapareceu dois anos antes na Argentina e fala que esteve no "andar acima da loja de conveniência". Quando ele descreve esta cena para Cooper, para o agente Albert Rosenfeld (vivido por Miguel Ferrer), para Gordon Cole (o agente do FBI interpretado pelo próprio David Lynch), a cena desfoca para este ambiente estranho em que o Homem do Outro Lugar (também conhecido como o anão que fala de trás pra frente) e o espírito de Bob estão sentados frente a frente em uma mesa.
As duas cenas – da volta de Jeffreys e da reunião no andar de cima da loja – são mais longa na versão original do filme, que David Lynch publicou depois na série de cenas Missing Pieces, anos depois do original. Primeiro, a da volta do personagem de David Bowie:
Depois, a do andar de cima da loja de conveniência:
Ao seu redor, pessoas que são creditadas como sendo os Woodsmen daquele filme. Eles nada fazem, apenas assistem ao diálogo entre Bob e o anão, que menciona a conexão entre dois mundos, o anel que Laura Palmer usava quando tinha morrido, a cor de uma mesa de fórmica e "garmanbozia" – o nome que estes espíritos dão à dor e ao sofrimento humanos, que eles comem como se fosse um alimento (materializado na forma de creme de milho).
O andar acima da loja de conveniência é uma versão menos glamourizada do Black Lodge, o ambiente de cortinas vermelhas e chão em ziguezague que tornou-se uma das assinaturas visuais da série. Nota-se, no entanto, que a loja de conveniência que vimos no oitavo episódio da terceira temporada não tem um andar de cima. É como se a cena do oitavo episódio fosse uma alegoria para a própria criação do Black Lodge.
Do mesmo jeito que outras duas cenas foram alegorias para a criação de dois outros personagens: Bob surge vomitado pelo experimento, entidade maligna que, aparentemente, conseguiu entrar em nosso plano material a partir da explosão da primeira bomba atômica. A reação à sua criação leva à criação de Laura Palmer – ou ao menos de sua força espiritual, que é enviada para a terra como um antídoto à criação de Bob. É como se ela tivesse sido criada para ser sacrificada – uma espécie de isca para atrair o mal e expô-lo, uma versão feminina, vitimizada e sobrenatural de um Jesus Cristo de Twin Peaks.
E, finalmente, temos os Woodsmen no momento em que a estranha criatura consegue sair da casca de seu ovo em 1956. É como se eles tivessem sido acionados para dar força para este ser, de forma que ele conseguisse encontrar seu hospedeiro mais facilmente a partir do mantra recitado pela rádio por um dos Woodsman. Mas que bicho é esse? Que ovo é esse? Ele é a essência de Laura Palmer ou um dos milhares de ovos que foram vomitados junto com o ovo de Bob? E a menina que engole o sapo com asas? Ela tem a idade para ser a mãe de Laura Palmer, Sarah, mas porque a essência de Laura teria a forma de um bicho tão estranho?
Depois de todos acontecimentos épicos deste episódio, uma coisa fica clara: tudo que aconteceu em Twin Peaks no final dos anos 80 é o desdobramento de um embate muito maior, que começou no momento em que o ser humano detonou a primeira bomba atômica. É como se o experimento físico tivesse um desdobramento sobrenatural, provocando um impacto metafísico que pode ter aberto fissuras em nossa realidade, dando espaço para a entrada de um novo tipo de maldade, que não conhecíamos até então. Física enquanto satanismo, ocultimo que se mistura com ciência. O assassinato de Laura Palmer não é uma morte aleatória nem apenas mais uma das mortes provocadas por um espírito do mal – e sim o duelo final entre duas forças ocultas em nosso plano material.
Os Woodsmen parecem ser a chave deste processo, mas não temos a menor ideia de quem são essas pessoas, como elas foram criadas, como elas interagem com os seres humanos e a serviço de quem elas estão. E o Agente Cooper parece ter acordado livre da presença nefasta de Bob.
Mas são poucas pistas do que pode vir a acontecer nos próximos dez episódios. A principal delas é a de que o agente Philip Jeffreys – que sabemos, graças a Fire Walk With Me, que ele pode viajar no tempo e no espaço – pode estar por trás de tudo isso, o que pode provocar outro grande momento da série nos próximos episódios: a aparição de David Bowie depois de sua morte. A presença de Jeffreys vem sendo mais que insinuada desde que a série voltou e Lynch filmou a nova temporada durante o período em que Bowie anunciou seu último disco, alguns meses antes de sua morte. Se lembrarmos que Lynch já pode contar, nesta terceira temporada, com a presença além-túmulo de atores da série original que morreram durante a produção desta nova safra de episódios (como as aparições da Log Lady vivida por Catherine Coulson, que morreu em 2015, e do Will "Doc" Hayward vivido por Warren Frost, que morreu no início deste ano) e que o último disco de David Bowie foi sobre sua própria morte, não é de se estranhar que o popstar inglês tenha conseguido uma brecha na agenda do final de sua vida para retornar a um personagem tão emblemático mesmo após sua morte.
E isso é só um detalhe na história toda. Além das questões que vinham sendo sugeridas até o sétimo episódio, o oitavo muda novamente as regras do jogo de uma forma brusca. Depois deste episódio, David Lynch estabeleceu que quaisquer tentativas de tentar prever o que pode acontecer nos próximos capítulos pode ser frustrada num instante. No nono episódio, que chega ao Netflix brasileiro nesta segunda-feira, podemos voltar à narrativa original de Twin Peaks, ao Black Logde, ao plano sobrenatural do oceano roxo, às tentativas do agente Cooper de sair de Doogie – ou podemos ir para um lado completamente novo e improvável da história, que não nos havia sido revelado até então. De novo.
Mais uma vez, Lynch pede para que deixemos o sentido de lado e que apenas curtamos a viagem. É o que importa.
Sobre o Autor
Alexandre Matias cobre cultura, comportamento e tecnologia há mais de duas décadas e sua produção está centralizada no site Trabalho Sujo (www.trabalhosujo.com.br), desde 1995 (@trabalhosujo nas rede sociais). É curador de música do Centro Cultural São Paulo e do Centro da Terra, do ciclo de debates Spotify Talks, colunista da revista Caros Amigos, e produtor da festa Noites Trabalho Sujo.
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