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Mark Hamill dubla tweets de Donald Trump com a voz do Coringa, do Batman

Alexandre Matias

09/01/2017 11h35

Twitter: Mark Hamill

Se Donald Trump se elegeu presidente dos Estados Unidos fazendo o papel de supervilão de histórias em quadrinhos, o ator Mark Hamill, o eterno Luke Skywalker, acertou este nervo com precisão cirúrgica ao ler um tweet de Trump com a voz de um dos grandes personagens do século passado, o Coringa do Batman. O tweet escolhido por Mark para começar o que ele anunciou como um projeto chamado de "Trumpster", foi o que Trump, na véspera do ano novo, escreve: "Feliz ano novo para todos, incluindo para meus muitos inimigos e aqueles que lutaram contra mim e perderam tanto que nem sabem mais o que fazer. Amor!":

Hamil, cujo segundo maior personagem de sua carreira é a versão dublada (em videogames e desenhos animados) do Coringa, foi convocado pelo comediante Patton Osvalt a partir da ideia de seu irmão caçula, Matt, que twittou: "UMA IDEIA DE UM BILHÃO DE DÓLARES! Um aplicativo que pode transformar todos os tweets de Donald Trump para serem lidos com a voz do Coringa de Mark Hamill. De nada!"

Hamil reagiu prontamente: "Agora que aprendi a twittar em áudio, eu estou AMANDO! Ninguém escrever melhores diálogos de supervilões do que #Trumputin! #KremlinCandidate". O resultado final é inacreditável:

Que Hamil promete ser uma série, que venham os próximos!

O governo Trump nem começou e sua relação com o mundo do entretenimento torna-se cada vez mais belicosa. Ontem, durante o prêmio Globo de Ouro, a atriz Meryl Streep fez referência ao novo presidente num discurso emblemático:

"Houve uma interpretação esse ano que me deixou atordoada, afundou suas garras no meu coração, mas não porque fosse boa –não havia nada de bom nela. Mas foi eficaz e cumpriu sua função. Fez seu público-alvo rir e colocar as garras de fora. Foi aquele momento em que a pessoa pedindo para sentar no lugar mais respeitado do nosso país, imitou um repórter deficiente, alguém a quem ele [Trump] superava em privilégio, poder e capacidade de revidar. Partiu meu coração quando vi isso, e ainda não consegui tirar da minha cabeça, porque não era um filme.

E esse instinto para humilhar, quando é demonstrado por uma figura pública, por alguém poderoso, afeta as vidas de todo mundo, porque dá permissão para que outras pessoas façam o mesmo. Desrespeito convida a mais desrespeito, violência incita violência. Quando os poderosos usam sua posição para fazer bullying, nós todos perdemos."

A fala da atriz poderia ser resumida emm outro trecho, quando ela se refere aos planos de Trump de expulsar os estrangeiros dos EUA: ""Hollywood está cheia de forasteiros e estrangeiros, e se expulsarmos todos eles, vocês não vão ter nada para assistir além de futebol americano e Artes Marciais Mistas (MMA), que, aliás, não são arte". A íntegra do texto você lê na cobertura que o UOL fez da premiação.

Mas uma das melhores bravatas contra Trump veio do ator Alec Baldwyn, que interpreta o futuro presidente nas paródias do programa Saturday Night Live a ponto de enfurecer o próprio não-político. Ele mandou fazer um boné que repete o slogan "Make America Great Again" só que escrito no alfabeto russo, em referência à influência do premiê Vladimir Putin na campanha de Trump à presidência. E postou em sua conta no Instagram:

Traduzido via Google Translator, diga-se de passagem.

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Sobre o Autor

Alexandre Matias cobre cultura, comportamento e tecnologia há mais de duas décadas e sua produção está centralizada no site Trabalho Sujo (www.trabalhosujo.com.br), desde 1995 (@trabalhosujo nas rede sociais). É curador de música do Centro Cultural São Paulo e do Centro da Terra, do ciclo de debates Spotify Talks, colunista da revista Caros Amigos, e produtor da festa Noites Trabalho Sujo.

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