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"The Force Awakens the Last Jedi" é uma frase!

Alexandre Matias

28/01/2017 22h54

Rian Johnson (Reprodução: Instagram)

(O diretor Rian Johnson mostra o início do próximo filme em sua conta no Instagram)

As especulações correm soltas desde que a Lucasfilm anunciou o título do Episódio VIII de Guerra nas Estrelas, que estreia no final deste ano. O nome The Last Jedi, em inglês, não entrega nem gênero nem quantidade de Jedi – palavra que, na mitologia da série, não tem a letra "s" em seu plural – que podem estar sendo mencionados no título? Das quatro variações possíveis – O Último Jedi, A Última Jedi, Os Últimos Jedi e As Últimas Jedi – só a a última não parece fazer sentido. As três primeiras são possíveis e apontam primeiro para Luke Skywalker, depois para Rey (que ainda não sabemos o sobrenome) e finalmente para os dois juntos.

Se o último Jedi for mesmo Luke, isso significa que nenhum novo personagem poderia ser o protagonista que batiza o novo filme. Muitos apostam nessa hipótese e usam como referência o letreiro do O Despertar da Força, que menciona literalmente Luke como sendo "o último Jedi". É um bom argumento.

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Mas a referência a Luke como tal acontece antes dos fatos de O Despertar da Força – portanto, antes de um possível renascimento Jedi que é um dos grandes mistérios do Episódio VII. Quem despertou? Rey quando encostou no sabre de luz que foi de Darth Vader? Ou Finn, o primeiro stormtrooper rebelde? Ou talvez até mesmo Kylo Ren, possa estar voltando para o lado certo da Força? Quem sabe o despertar aconteceu com os três?

Mas alguns fãs perceberam a possibilidade dos dois títulos dos novos episódios indicarem algo em conjunto – e aí novamente esbarramos com uma questão de tradução. O Despertar da Força é uma adaptação – e não uma tradução literal – do título original do sétimo episódio, The Force Awakens. A tradução correta deveria ser A Força Desperta – ou A Força Acorda. Desta forma, quando colocamos os nomes dos episódios VII e VIII lado a lado, vemos mais do que dois títulos e sim uma frase completa:

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"A Força desperta o último Jedi"

Ou "A Força acorda a última Jedi" ou "…os últimos Jedi", você entendeu. Ao transformar os dois títulos em uma frase, o argumento que firma Luke como sendo o último Jedi perde um pouco a força (hehe) e pode incluir a própria Rey – ou outro novo personagem além do irmão da general Leia – como o possível personagem que batiza o novo filme. E abre a especulação inclusive para que o terceiro filme possa ter um título que complemente ainda mais a frase, fazendo os três filmes da terceira trilogia serem reunidos por uma única mensagem. Sei lá, A Força Desperta o Último Jedi Para Sempre ou A Força Desperta o Último Jedi Antes do Fim – use sua imaginação (Star Wars: Forever ou Star Wars: Before the End são títulos brega, mas teriam um grande impacto, diz aí). Ou seu humor, como alguns têm feito online:


"A Força desperta o último Jedi de seu cochilo"

A cor vermelha do logo da série no novo filme também é um mistério: é a primeira vez que o nome Star Wars não aparece pintado de amarelo.

Outra especulação que corre a internet diz respeito especificamente ao letreiro de abertura do novo filme, pois o ele começaria exatamente no ponto em que o filme anterior terminou – com Rey finalmente encontrando Luke Skywalker. Se isso for verdade, o que restaria para ser contado no clássico letreiro de abertura, uma vez que ele sempre narra fatos que aconteceram meses entre os diferentes filmes da série?

Em todo caso, é demais poder estar vivenciando o desenrolar desta história novamente com empolgação. Parece até que os episódios I, II e III nunca existiram!

Sobre o Autor

Alexandre Matias cobre cultura, comportamento e tecnologia há mais de duas décadas e sua produção está centralizada no site Trabalho Sujo (www.trabalhosujo.com.br), desde 1995 (@trabalhosujo nas rede sociais). É curador de música do Centro Cultural São Paulo e do Centro da Terra, do ciclo de debates Spotify Talks, colunista da revista Caros Amigos, e produtor da festa Noites Trabalho Sujo.

Sobre o Blog

A cultura do século 21 é muito mais ampla que a cultura pop, a vida digital ou o mercado de massas. Inclui comportamento, hypes, ciência, nostalgia e tecnologia traduzidos diariamente em livros, discos, sites, revistas, blogs, HQs, séries, filmes e programas de TV. Um lugar para discussões aprofundadas, paralelos entre diferentes áreas e velhos assuntos à tona, tudo ao mesmo tempo.

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