Graphic novel sobre o empresário dos Beatles vai virar filme
Mais uma cinebiografia à vista, mas essa é daquelas que já deveriam ter sido feita há tempos – a de Brian Epstein, o tímido herdeiro de uma rede de lojas de móveis em Liverpool que percebeu que o sucesso local de uma banda de rock poderia ser ampliado para além do norte da Inglaterra. A história foi contada na excelente graphic novel O Quinto Beatle, escrita pelo norte-americano Vivek Tiwary e ilustrada pelos conterrâneos Andrew Robinson e Kyle Baker, que agora vai virar filme.
O anúncio foi feito no mês passado quando a empresa IM Global e a Syco Entertainment, do produtor Simon Cowell (dos programas de calouros ingleses X Factor e Britain's Got Talent), fecharam o contrato para transformar a história contada por Vivek Tiwary em filme.
O melhor da graphic novel O Quinto Beatle, que foi lançada no ano passado no Brasil pela editora Aleph, é transformar os Beatles em coadjuvante da história de um visionário pop que aprendeu a negociar à medida em que seu grupo foi crescendo mas que também teve de aprender a lidar com problemas pessoais fora de sua própria ribalta – tomava remédios para aguentar a intensa vida do showbusiness e escondia sua homossexualidade a ponto de ser chantageado por isso. O traço e as cores da obra também merecem aplauso – há quadrinhos lindíssimos e outros com cargas fortes de emoção.
A biografia de Brian Epstein vai de encontro à história da maioria dos empresários de música pop. Ele não era um picareta querendo vender areia no deserto nem um mau caráter que atropelava todos os interesses para defender sua banda. Era um rapaz recatado de classe média alta inglesa que acreditava de verdade na possibilidade de sucesso dos Beatles. Foi ele que viu que a banda não ia conseguir ir além do Cavern Club se não largasse as jaquetas de couro e os topetes com brilhantina. Deu ares de bom moço a uma banda selvagem no palco e conquistou o mundo porque gostava do que fazia. Não foi apenas o primeiro – e único – empresário da banda. Foi um de seus primeiros fãs também. E não é exagero dizer que a banda acabou depois que ele morreu. O nome da biografia vem uma afirmação de Paul McCartney que disse em 1997 que "se houve alguém que foi o quinto beatle, ele foi Brian Epstein".
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