Taylor Swift não está no topo do pop de 2015 à toa; assista
Taylor Swift é o Michael Jackson de 2015. Como o falecido rei do pop, ela saiu de um nicho musical para tentar atingir a maior quantidade de pessoas possível. Tirou as franjas do passado country e transformou-se numa popstar cosmopolita e mundial, cantando seus amores e dores de cotovelo quase na mesma toada que anteriormente, mas sem o sotaque específico de um único gênero musical.
O show que apresentou no Rock in Rio Las Vegas foi quase exatamente o mesmo que ela apresenta em sua The 1989 Tour, inspirada pelo disco batizado com o ano de seu nascimento, lançado no ano passado. E se não fosse a própria cantora se referir ao nome do festival com certa frequência, era fácil esquecer que havíamos assistido a vários shows no mesmo dia. Ela domina o público com uma facilidade quase maquiavélica, embora suas caras, bocas, gestos e conversas ao microfone a transformem na melhor amiga de todos os presentes. Taylor Swift não está no topo do pop de 2015 à toa.
Além de boa parte das músicas de seu novo disco, o show ainda contou com a participação do próprio Ed Sheeran, com quem Taylor dividiu a turnê de seu disco anterior, Red, e os dois dividiram vocais em "Tenerife Sea", composta pelo inglês, e a primeira apresentação ao vivo da faixa "Wonderland", tocada somente ao violão pela cantora.
Foram as únicas concessões em relação ao setlist original da turnê de Taylor Swift. O resto do show seguiu o mesmo script das outras apresentações, abrindo com o trio "Welcome to New York", "New Romantics" e "Blank Space" e encerrando com a dupla "Out in the Woods" e o hit arrasa-quarteirão "Shake it Off".
Além da performance da cantora, que trocava de figurino a cada três ou quatro música, impressionava também a produção do evento. Após o show de Ed Sheeran foi montada uma passarela que saía do palco em direção ao público e à medida em que o show passava, ela mostrava-se mais do que uma simples extensão, erguendo-se por cima do público a mais de dez metros de altura e girando sobre as cabeças da audiência. O palco era teatral – cantoras e músicos ficavam recolhidos num canto para dar espaço às coreografias que conversavam com as imagens do telão.
O público havia recebido uma pulseira de borracha à entrada do festival que, durante o show dela, revelou-se um esperto acessório para valorizar a quantidade de pessoas na audiência como efeito cênico. A pulseira acendia luzes com diferentes cores e no ritmo de cada música. Bastava erguer as mãos para participar do "céu estrelado" que a cantora descreveu quando estava no palco.
1989 é um disco nova-iorquino e Taylor Swift carrega o sotaque da maior cidade dos EUA no show, mostrando cenários da cidade em diferentes momentos do show. Entre uma troca e outra de figurino, várias amigas da cantora – a autora do seriado Girls Lena Dunham, a modelo Karlie Kloss, a cantora Selena Gomez, o trio Haim, entre outras – apareciam no telão, falando sobre a importância da cantora para o empoderamento de uma nova geração de meninas. E esse elemento auto-ajuda feminino é crucial para entender o sucesso da cantora, que arranca mais suspiros das meninas do que dos meninos. Não de paixão, mas de admiração. Ela é modelo para mais de uma geração de suas fãs, embora faça questão de dizer que não se veja como tal.
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