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E se o filme mais recente do Super-Homem fosse colorizado?

Alexandre Matias

29/04/2015 11h53

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Enquanto a Marvel nada de braçadas nas bilheterias, a DC sofre com tentativas frustradas de levar sua mitologia para as telas do cinema. Mesmo com o sucesso dos três Batman de Christopher Nolan, os filmes inspirados nos personagens da editora não emplacam com o mesmo brilho que qualquer filme com personagem secundário da Marvel. Quem mais sofre nessa disputa é a principal estrela da casa e a pedra fundamental do formato super-herói – o Super-Homem. Nenhum dos dois filmes recentes feitos sobre o super-herói mais conhecido do planeta não conseguiram fazê-lo renascer para novas gerações como aconteceu com personagens bem menores que o Super, como o Homem de Ferro, Thor ou, putz, até Guardiões da Galáxia.

E Zack Snyder, que filmou a versão mais recente do herói, O Homem de Aço (2013) parece insistir no tom pesado que deu ao primeiro filme à medida em que anuncia sua próxima produção, que reúne o Super-Homem e o Homem Morcego pela primeira vez num longa metragem. O pessimismo carregado das produções de Snyder (Madrugada dos Mortos, 300, Watchmen e até o bobo Sucker Punch) parece ser o tom exatamente oposto que deveria pairar sobre qualquer produção envolvendo o Super-Homem e o usuário do YouTube VideoLab cogitou uma possibilidade interessante: o Super-Homem de Snyder não funciona porque ele não é colorido. O diretor força a densidade do seu tom ao preferir uma fotografia mais escura, tão escura que deixa o uniforme do super-herói, que tem o vermelho e o azul do tom das cores da bandeira dos EUA, cinza azulado e vermelho escuro. E fez a seguinte proposta de alteração de cores:

Realmente, o resultado final é mais próximo do ícone que conhecemos do que o filme sobre o alienígena genocida que infelizmente assistimos há dois anos.

Sobre o Autor

Alexandre Matias cobre cultura, comportamento e tecnologia há mais de duas décadas e sua produção está centralizada no site Trabalho Sujo (www.trabalhosujo.com.br), desde 1995 (@trabalhosujo nas rede sociais). É curador de música do Centro Cultural São Paulo e do Centro da Terra, do ciclo de debates Spotify Talks, colunista da revista Caros Amigos, e produtor da festa Noites Trabalho Sujo.

Sobre o Blog

A cultura do século 21 é muito mais ampla que a cultura pop, a vida digital ou o mercado de massas. Inclui comportamento, hypes, ciência, nostalgia e tecnologia traduzidos diariamente em livros, discos, sites, revistas, blogs, HQs, séries, filmes e programas de TV. Um lugar para discussões aprofundadas, paralelos entre diferentes áreas e velhos assuntos à tona, tudo ao mesmo tempo.

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